02 de Fevereiro – Dia de Nossa Senhora dos Navegantes
Nesta data, celebramos o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, também conhecida como Stella Maris (Estrela do Mar). Nossa Senhora dos Navegantes é um dos títulos atribuídos à Maria, mãe de Jesus Cristo, invocada como protetora daqueles que enfrentam os desafios das águas, sejam pescadores, navegadores e marinheiros.
A devoção remonta a Portugal, onde Nossa Senhora dos Navegantes foi aclamada como padroeira dos descobridores que se lançaram ao mar. Sua imagem, muitas vezes representada com o Menino Jesus nos braços, reflete a ternura de Maria como mãe e guia, intercedendo por aqueles que buscam segurança em suas travessias.
No Brasil, a devoção trazida pelos colonizadores portugueses ganhou força ao longo dos séculos, fazendo da festa de Nossa Senhora dos Navegantes uma das mais tradicionais e amadas manifestações de fé no Brasil, especialmente em cidades costeiras e ribeirinhas.
Padroeira da cidade de Porto Alegre, Nossa Senhora dos Navegantes é considerada patrimônio cultural imaterial da cidade, e teve seu dia instituído como feriado municipal. Neste dia, tradicionalmente, é realizada uma procissão na cidade, que reúne milhares de devotos.
As missas que celebram este dia são sempre marcadas por expressões de fé e gratidão, pois Nossa Senhora dos Navegantes nos ensina a confiar em Deus mesmo nas tempestades da vida, entregando a Ele nossas preocupações e buscando refúgio em Seu amor.
Neste dia, somos convidados a refletir sobre as “travessias” que enfrentamos no cotidiano, exigindo a intercessão de Nossa Senhora para que ela nos conduza com esperança, paz e proteção, assim como fez com os navegantes que a invocaram no passado.
03 de Fevereiro – Dia de São Brás
No dia 03 de fevereiro, a Igreja Católica celebra São Brás, bispo e mártir que se destacou pela sua fé inabalável e pelo cuidado com os necessitados. São Brás é amplamente conhecido como o protetor contra as doenças da garganta, sendo invocado pelos fiéis em momentos de enfermidade e dificuldade. Venerado como mártir e médico, tanto no ocidente como no oriente, São Brás ocupa um lugar especial no calendário litúrgico como santo padroeiro das gargantas.
São Brás viveu no século IV e foi bispo de Sebaste, na Armênia. Sua vida foi marcada pela oração, pela prática da caridade e por milagres atribuídos à sua intercessão. Um dos episódios mais conhecidos é o de uma mãe que, desesperada, levou seu filho com uma espinha de peixe presa na garganta a São Brás. Ele, com fé, abençoou a criança, que foi imediatamente curada. Este milagre tornou-se símbolo de sua proteção contra dores na garganta.
Apesar de ter sido muito perseguido e castigado pelas impiedosas autoridades romanas, São Brás nunca abdicou de sua dedicação ao cristianismo, até sua decapitação no ano de 316.
Nas celebrações dedicadas a São Brás, é tradicional a bênção das gargantas pelos sacerdotes, que a realizam com duas velas cruzadas e encostadas na garganta do fiel e acompanhada da seguinte oração: “Por intercessão de São Brás, Bispo e Mártir, defenda-te Deus contra os males da garganta e contra qualquer outro mal, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”.
O Dia de São Brás nos convida a refletir sobre a importância da fé e da solidariedade, lembrando-nos de cuidar do próximo com o mesmo zelo que ele cuidou. Que, a exemplo de São Brás, possamos ser instrumentos de amor e cura na vida daqueles que estão ao nosso redor.
11 de Fevereiro – Dia de Nossa Senhora de Lourdes
A história de Nossa Senhora de Lourdes começou no dia 11 de fevereiro de 1858, quando a jovem Bernadette Soubirous teve a primeira visão da Virgem Maria, em Lourdes, na França. Bernadete encontrou Nossa Senhora 18 vezes no local determinado, na gruta de Massabielle, às margens do rio Gave.
Bernardette deixou por escrito seu testemunho:
“Certo dia, fui com duas meninas às margens do Rio Gave buscar lenha. Ouvi um barulho, voltei-me para o prado, mas não vi movimento nas árvores. Levantei a cabeça e olhei para a gruta. Vi, então, uma senhora vestida de branco; tinha um vestido alvo com uma faixa azul celeste na cintura e uma rosa de ouro em cada pé, da cor do rosário que trazia com ela. Somente na terceira vez, a Senhora me falou e perguntou-me se eu queria voltar ali durante quinze dias. Durante quinze dias lá voltei e a Senhora apareceu-me todos os dias, com exceção de uma segunda e uma sexta-feira. Repetiu-me, várias vezes, que dissesse aos sacerdotes para construir, ali, uma capela. Ela mandava que fosse à fonte para lavar-me e que rezasse pela conversão dos pecadores. Muitas e muitas vezes perguntei-lhe quem era, mas ela apenas sorria com bondade. Finalmente, com braços e olhos erguidos para o céu, disse-me que era a Imaculada Conceição”.
Maria, a intercessora, modelo da Igreja, imaculada, concebida sem pecado, nesta aparição,
A Santíssima Virgem Maria, a Mãe de Jesus, é, por excelência, santa entre os santos. Nas suas dezenas de aparições reconhecidas pela Igreja Católica está a de Lourdes, que na sua aparição pediu o essencial para a nossa felicidade: a conversão para os pecadores. Ela pediu a conversão dos pecadores pela oração, conversão e penitência.
A Igreja reconheceu oficialmente 67 milagres ocorridos na gruta de Lourdes. Mas há uma quantidade muito maior de curas e graças extraordinárias constatadas por médicos, fiéis e peregrinos, num número que se eleva aos milhares!
Nossa Senhora, neste título de Lourdes, é invocada por fiéis de várias partes do mundo, que lhe apresentam situações de saúde, tornando-se assim, a padroeira dos doentes.
O pedido de Nossa Senhora, que pediu para que construíssem uma capela no local onde as aparições estavam acontecendo, foi erguido o Santuário de Lourdes, que ocupa uma área de 52 hectares, onde foram edificadas 3 basílicas e 26 igrejas e capelas, entre elas a Basílica de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, a Basílica Nossa Senhora do Rosário, a Basílica São Pio X (respectivamente conhecidas como basílica superior, inferior e subterrânea).
“Sob a Tua proteção procuramos refúgio, Virgem Imaculada de Lourdes, que és o modelo perfeito da criação segundo o plano original de Deus. A Ti, neste dia, confiamos os doentes, os idosos, as pessoas sozinhas: alivia o seu sofrimento, enxuga as suas lágrimas e obtém para cada um a força necessária para realizar a vontade de Deus. Sê o amparo de todos que aliviam, dia após dia, os sofrimentos destes irmãos. E ajuda-nos a crescer no conhecimento de Cristo, que, com a Sua morte e ressurreição, venceu o poder do mal e da morte.”
Nossa Senhora de Lourdes, rogai por nós!
11 de Fevereiro – Dia Mundial do Enfermo
No dia 11 de fevereiro, a Igreja Católica celebra o Dia Mundial do Enfermo, uma data instituída em 1992 pelo Papa São João Paulo II. Em sua carta de instituição, João Paulo II lembrou que a data representa “um momento forte de oração, de partilha, de oferta do sofrimento pelo bem da Igreja e de apelo dirigido a todos para reconhecerem na face do irmão enfermo a Santa Face de Cristo que, sofrendo, morrendo e ressuscitando, operou a salvação da humanidade”.
Este dia especial convida toda a comunidade cristã a voltar o olhar para aqueles que enfrentam o sofrimento físico, mental ou espiritual, e reforçar o chamado à solidariedade, ao cuidado e à compaixão.
O Dia Mundial do Enfermo também é uma oportunidade para refletir sobre o trabalho incansável dos profissionais de saúde, cuidadores e voluntários, que, com dedicação e sensibilidade, oferecem apoio e tratamento às que sofrem. É um momento de reflexão sobre a dignidade de cada vida humana e o dever cristão de assistir aos mais vulneráveis.
Neste dia, oremos pelos enfermos, especialmente por aqueles que sentem-se abandonados ou desamparados. Que, inspirados pelo exemplo de Cristo, sejamos agentes de misericórdia e cuidado, acolhendo aos enfermos com amor e transmitindo-lhes conforto, fé e esperança.