No primeiro dia do ano é comemorado o Ano-Novo, primeiro feriado do ano e único feriado oficial do mês. O dia 1º de janeiro foi escolhido pela Organização das Nações Unidas – ONU para promover a fraternidade universal, em razão disso muitos países comemoram essa data com esse sentido de confraternização. No Brasil, o feriado nacional foi instituído por lei em 1935, no governo de Getúlio Vargas. Não poderia haver data melhor, afinal a cada ano que começa é como se zerássemos tudo e começássemos de novo. Ao brindarmos o recomeço, além de sorte, também são bem-vindos os desejos de paz e fraternidade.
Em uma época de tantos conflitos e sofrimento, o novo ano surge como uma possibilidade de fazermos tudo diferente e melhor. Nesse sentido, tudo pode ser esquecido e, sobretudo, perdoado, condição essencial para a paz. O ano que se inicia sempre desperta a expectativa pela abertura de um novo ciclo, cheio de transformações. Nessa época, verbos como recomeçar, repensar e tantos outros “re” parecem fazer mais sentido do que no restante do tempo.
No dia 1º de janeiro celebra-se, também, o Dia Mundial da Paz, instituído em dezembro de 1967 pelo então Papa Paulo VI, que, no ano seguinte, escreveu uma mensagem lançando a ideia da comemoração do Dia Mundial da Paz. No texto, sugeria que não fosse uma comemoração exclusivamente católica, mas que ganhasse adesão ao redor do mundo com caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, objetivando ao mundo um porvir mais feliz, ordenado e civil.
Todos os anos, desde 1968, o Papa em exercício escolhe um tema e escreve uma mensagem para o dia 1º de janeiro.
Além da paz no mundo, em nossa sociedade, devemos exercê-la também em nossas relações, cultivando-a.
6 DE JANEIRO – DIA DE REIS
No dia 06 de janeiro celebramos o dia de Reis, que, segundo a tradição cristã, foi o dia em que os três reis magos, guiados pela Estrela, chegam a Belém e adoram o Menino Jesus.
Ao contrário do que muitos pensam, cada um dos reis magos partiu da sua localidade de origem (não partiram juntos). Para presenteá-lo, os três ofereceram riquezas oriundas dos seus respectivos reinos: mirra, incenso e ouro. Baltazar partiu da África, levando para o Menino mirra, um presente ofertado aos profetas, que representava a imortalidade (a mirra é um arbusto nativo do continente africano, da qual é extraída uma resina para preparação de medicamentos). O rei Gaspar partiu da Índia, levando o incenso como alusão à sua divindade (utilizados há milhões de anos para aromatizar os ambientes, espantar insetos e energias negativas, os incensos representam a fé, a divindade e a espiritualidade). Já o rei Melchior – também chamado Melquior ou Belchior – partiu da Europa, levando Ouro ao Messias, o rei dos reis (ouro era símbolo da realeza, oferecido à época apenas aos Reis e Deuses).
Em homenagem aos reis magos, os católicos realizam a folia de reis, que tem início no dia 24 de dezembro – véspera do nascimento de Jesus – e se estende até o dia 06 de janeiro, dia em que encontraram o Menino Jesus. A folia tem sua origem em Portugal, trazida ao Brasil pelos colonizadores portugueses. Durante os festejos os grupos saem às ruas das cidades, caminhando e cantando, levando as bênçãos do Menino Jesus para as pessoas que os recebem. Faz parte da tradição que as famílias ofereçam comidas aos integrantes do grupo, para que possam levar as bênçãos por todo o trajeto.